Uma comédia para você rir muito

Publicado em 23/04/2022 às 06:00.

Mauro Condé*

“A preocupação geralmente dá a uma pequena coisa uma grande sombra”. Provérbio Sueco.

Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte excelentes peças do teatro moderno.

Elas me levaram para Montreuil, nos arredores de Paris, onde fui recebido por Laurent Baffie, a quem fui logo pedindo:

Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.

- Aprenda a rir mais de você mesmo como forma de aliviar a pressão das adversidades da vida e de melhorar suas conexões sociais e afetivas.

Laurent é o autor da premiada peça francesa “TOC TOC”, que eu tive a oportunidade de ver no teatro quando foi lançada.

Seu roteiro inteligente versa sobre uma atípica reunião de seis desconhecidos entre si, em torno de um grave problema.

Agendados, por engano, para o mesmo dia e horário, descobrem ainda por cima que o famoso psiquiatra com o qual estão prestes a ter a primeira consulta está vindo num voo atrasado de Londres.

De maneira surpreendente, eles reagem decidindo invadir o consultório para tentar, de forma experimental, uma terapia em grupo, improvisada e coordenada por eles mesmos.

Todos sofrem com algum tipo diferente de TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) que os tornam reféns de pensamentos indesejados, que vivem assaltando suas mentes e tornando-os ainda mais ansiosos do que já são.

É praticamente impossível ver o desenrolar desta história sem associar os personagens com pessoas parecidas com as que convivemos no dia a dia, inclusive com a gente mesmo.

Aos poucos eles se abrem uns para os outros, na tentativa de que isto os ajude.

Alguns sofrem por medo de contaminação, por necessidade de verificação exagerada das coisas, por impulso de contagem compulsiva.

Outros por TOC de acumulação, dependência excessiva em crenças, rituais, compulsões do tipo religiosas ou alimentares.

Mania de limpeza, necessidade colocar tudo em ordem simétrica ou uma profunda necessidade de ter controle sobre tudo e sobre todos.

E alguns demonstram sofrer com pensamentos intrusivos e repulsivos.

Eu queria deixar uma dica para que você tente ver o filme disponível no Netflix baseado nesta peça.

É um filme muito divertido, engraçado, ao mesmo tempo propositivo e que tem um final surpreendente.

Consegue fazer cócegas no cérebro ao mesmo tempo que aborda um tema sério de saúde pública que precisa ser sempre tratado de maneira profissional.

*Palestrante, Consultor e Fundador do Blog do Maluco

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