Há 14 anos, Tucho dava ao América a última vitória sobre o Cruzeiro na Capital

Henrique André
hcarmo@hojeemdia.com.br
13/04/2016 às 18:45.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:55
 (Marcelo Prates/Hoje em Dia)

(Marcelo Prates/Hoje em Dia)

O ano era 2002. A competição, o Supercampeonato Mineiro. No gramado do Gigante da Pampulha, o América do técnico Jair Pereira enfrentava o Cruzeiro de Marco Aurélio. Nas arquibancadas – ainda de cimento –, 4.600 torcedores viram o meia Tucho balançar as redes, logo aos 15 minutos, e dar a vitória ao Coelho: a última sobre a Raposa em Belo Horizonte.

“Na verdade, eu nem sabia disso, acredita? Aqui em BH, o pessoal lembra mais dos três gols que fiz pelo Atlético (sobre o Cruzeiro)”, conta o ex-jogador, referindo-se ao clássico pela 11ª rodada do Estadual de 2004, vencido pelo Galo por 5 a 3. Ele era o camisa 10 do alvinegro na ocasião.

14 anos depois
Após aquele 15 de maio de2002, muita coisa aconteceu na vida de Tucho e do América. O jejum do alviverde contra o Cruzeiro jogando na capital, inclusive, não parou de crescer.

De lá para cá, as únicas duas vitórias do Coelho sobre a Raposa ocorreram no Mineiro de 2012, mas em Sete Lagoas – a primeira por 3 a 2, e a segunda, por 2 a 1. Como os estádios da capital estavam em reforma para a Copa do Mundo de 2014, as equipes usaram a Arena do Jacaré como casa.

Hoje, aos 36 anos, Tucho atua como investidor e acompanha o futebol apenas pela televisão. O controle remoto, no entanto, só é acionado para assistir os grandes jogos. Ele pendurou as chuteiras há quatro anos, após ter defendido o Villa Nova.
“Atualmente, eu vejo o América ganhando de muitos times da Série A, em termos de estrutura. Na minha época, o clube não tinha metade disso”, comenta o ex-camisa 10.

Casado há dez anos e pai de Luca, de 8, Tucho lamenta ter se aposentado antes de o filho poder acompanhá-lo. O pequeno, atualmente, já o usa o pé esquerdo para conduzir a bola e fazer os primeiros gols, em uma escolinha do bairro em que eles residem.

“Uma das coisas que eu fico um pouco chateado é que ele (Luca) não me viu jogar. Acho que vou dever isso para ele pelo resto da vida” diz o ex-jogador.Arquivo Pessoal

Luca (dir.) jogou na escolinha do Cruzeiro com o primo Fernandinho (esq.), sobrinho e afilhado de Tucho


Chance dupla
Nos dois próximos fins de semana, Luca terá a chance de assistir a dois clássicos entre América e Cruzeiro, ambos na capital. Se o Coelho vencer, será pela primeira vez desde o nascimento do filho do último herói alviverde.

Em duelos pela semifinal, o América precisa vencer ao menos um deles para ter chances de chegar à decisão, já que a Raposa terminou a primeira fase na liderança e tem a vantagem do empate nos resultados.Editoria de Arte

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